Esterilização feminina

1O que é?

A esterilização feminina é um método contracetivo irreversível, que implica uma intervenção cirúrgica, que consiste na oclusão/fecho, corte ou remoção total das trompas de falópio.1,2

2Qual o seu perfil de eficácia?

Menos de 1 em cada 100 mulheres tiveram uma gravidez indesejada durante o primeiro ano de utilização, o que significa que demonstrou um perfil de eficácia superior a 99%.3

  • Uso perfeito: 99,5%
  • Uso típico: 99,5%

3Como se utiliza?

A esterilização feminina é uma cirurgia feita por um profissional de saúde qualificado.

Existem várias formas de laquear as trompas de Falópio:

  • Laqueação, corte e eliminação de uma parte pequena da trompa.
  • Selagem ou aplicação de clipes ou anéis.
  • A remoção total (salpingectomia) das trompas de Falópio (é preferível em vez da laqueação, por reduzir o risco de cancro do ovário).

Existem dois métodos principais para alcançar as trompas de Falópio:

  • Laparoscopia: Para que o médico alcance e bloqueie, corte ou remova as trompas de Falópio, este método implica a inserção de um tubo fino e longo, através de várias pequenas incisões no abdómen, com uma lente e instrumentos.
  • Minilaparotomia: Implica fazer uma pequena incisão no abdómen. As trompas de Falópio são aproximadas da incisão para serem cortadas ou bloqueadas.

Pode ainda ser efetuada imediatamente após o parto caso seja por cesariana.

Assim, os óvulos que são libertados durante a ovulação, não se podem deslocar pelas trompas e não se estabelece o contacto com o esperma.2,4

Atenção que após a cirurgia deverás permanecer em repouso uns 2 dias após o procedimento e evitar levantar pesos.2

4Será este o método adequado para ti?

Este método pode estar indicado para ti se:1 

  • Queres um contracetivo cirúrgico permanente, com base numa decisão ponderada de que não queres ter (mais) filhos. 
  • Não queres voltar a ter de te preocupar com uma potencial gravidez não desejada ou com a toma de contracetivos. 

5Pode ser usado durante a amamentação?

A esterilização feminina pode ser efetuada durante a amamentação, inclusive nos primeiros 7 dias após o parto. Se for depois, deve acontecer no mínimo 42 dias após o parto.2 

6Quem não pode efetuar a esterilização feminina?

Todas a mulheres com mais de 25 anos podem optar por este método. No entanto é importante ponderar os riscos e os benefícios tendo em conta alguns pontos, nomeadamente se:1,2 

  • Passaste por uma cirurgia pélvica ou abdominal. 
  • Tens antecedentes de Doença Inflamatória Pélvica. 
  • Tens miomas uterinos. 
  • Tens alguma doença que implique alto risco para anestesia ou cirurgia. 

7Proteção contra IST

Este método não protege contra infeções sexualmente transmissíveis (IST).2 

Referências:

  1. Sociedade Portuguesa da Contraceção, Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução. Consenso Sobre Contraceção. 2020. 
  2. World Health Organization Department of Reproductive Health and Research (WHO/RHR) and Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health/Center for Communication Programs (CCP), Knowledge for Health Project. Family Planning: A Global Handbook for Providers (2022 update). Baltimore and Geneva: CCP and WHO, 2022.  
  3. Trussell J. Contraceptive failure in the United States. Contraception. 2011 May 1;83(5):397-404. 
  4. The Family Planning Association (FPA). Your guide to male and female sterilization 2018 

PT-NON-110058 04/2024