Injeção contracetiva

1O que é?

A injeção contracetiva é método reversível que contém apenas progestativo, chamado medroxiprogesterona, e que previne a gravidez por um período de 3 meses. Isto significa que a cada 3 meses, é necessário repetir a administração.1

2Qual o seu perfil de eficácia?

Com uma utilização perfeita, ou seja, utilizando este método contracetivo exatamente de acordo com as instruções de uso, o anel vaginal demonstrou efetividade elevada e apenas 0,2 em cada 100 mulheres tiveram uma gravidez não desejada durante o primeiro ano. No entanto, em utilização típica, que é como as mulheres costumam usar (inclui a utilização inconsistente e/ou incorreta), 6 em cada 100 mulheres tiveram uma gravidez não desejada durante o primeiro ano.2

  • Uso perfeito: 99,8%
  • Uso típico: 94%

3Como se utiliza?

A injeção de medroxiprogesterona deve ser administrada por um profissional de saúde na parte superior do braço, na nádega ou na barriga, a cada 12 semanas. Por ter uma ação prolongada, a injeção pode provocar um atraso no retorno do período menstrual e da tua fertilidade após interrupção do método de 6 a 9 meses.1,3

4Será este o método adequado para ti?

Este método pode estar indicado para ti se:1

  • Pretendes um método reversível e de administração trimestral.
  • Pretendes um método dependente de ti e com menor probabilidade de esquecimento.
  • Tiveres dificuldade em cumprir com os métodos de toma diária.
  • Não puderes ou não quiseres utilizar contracetivos com estrogénios.
  • Estiveres a amamentar e já tiverem decorrido 6 semanas desde o parto.
  • Pretenderes um método que não interfira com as relações sexuais.
  • Fores fumadora, independentemente da tua idade ou do número de cigarros que fumes por dia.

5Pode ser usado durante a amamentação?

A injeção pode ser usada na amamentação e pode ser administrada 6 semanas após o parto.1

6Quem não pode usar a injeção?

Não poderás usar este método se:1

  • Tiveres conhecimento ou suspeitares de gravidez.
  • Tiveres uma hemorragia vaginal cuja causa seja desconhecida.
  • Fores diabética com alterações vasculares (rins, olhos ou sistema nervoso).
  • Fores portadora de alguma neoplasia maligna sensível às hormonas sexuais, por exemplo carcinoma da mama ou meningioma.
  • Tiveres doença tromboembólica ativa.
  • Tiveres tido alguma doença de fígado grave, como cirrose ou cancro.
  • Tiveres hipertensão grave ou vários fatores de risco de doença cardiovascular.

7Proteção contra IST

Este método não protege contra infeções sexualmente transmissíveis (IST).

Referências:

  1. Reproductive, World Health Organization Department of Sexual and, and Health and Research (WHO/SRH) and Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health/. A Global Handbook for Providers (2022 Update). Baltimore and Geneva: CCP and WHO: Center for Communication Programs (CCP), Knowledge SUCCESS. Family Planning: 2022.
  2. Trussell J. Contraceptive failure in the United States. Contraception. 2011 May 1;83(5):397-404.
  3. Sociedade Portuguesa da Contraceção, Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução. Consenso sobre Contraceção (2020).

PT-NON-110061 04/2024

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